quinta-feira, 31 de maio de 2012

Review: Saint Seiya - Sanctuary Battle Representa a Série de Forma Fiel

Um dos desenhos mais famosos do planeta finalmente recebeu um jogo no nível esperado pelos fãs. Saint Seiya: Sanctuary Battle reproduz no PlayStation 3 a famosa batalha das 12 casas, considerada por muitos o momento mais épico de toda a série.

O desafio das 12 casas

A popularidade do desenho é algo inquestionável. Na década de 90, era difícil encontrar um adolescente que não acompanhasse as aventuras de Seiya e companhia. Em cima desse sucesso, muitos jogos tentaram abocanhar uma parcela desses fãs, mas praticamente todos fracassaram nesse aspecto. Alguns culpam o fato de serem desenvolvidos apenas jogos de luta, já outros acham que foi falta de planejamento e competência.

A verdade é que muitos anos se passaram até que finalmente um jogo de aventura fosse lançado. A saga de Cavaleiros do Zodíaco é bem vasta, mas o capítulo escolhido não poderia ter sido melhor: a famosa batalha das 12 casas. Para quem não sabe, esse é o grande marco da série. Tanto que, na época em que foi ao ar no Brasil, o anime provocou uma verdadeira correria dos fãs para adquirir os bonecos que representavam seus respectivos signos.

O que os fãs devem comemorar é o fato de a Namco Bandai ter conseguido desenvolver um game à altura das expectativas. Embora ainda seja cedo para um anúncio oficial, tudo indica que vêm por aí sequências baseadas em outros eventos, como a saga de Hades e a batalha de Poseidon.


Campanha sem multiplayer

O principal modo de jogo é o Story. Nele, a batalha das 12 casas acontece de uma forma fiel ao que mostra a série. Prepare-se para viver as famosas batalhas entre Shiryu e Máscara da Morte, e Ikki contra Shaka de Virgem. Até mesmo o desfecho das batalhas segue o roteiro, independente do que você realizar dentro do combate.

É possível ainda encarar os 12 cavaleiros com o seu personagem favorito. Dentro do Mission Mode, a Single Challenge permite que você passe pelos desafios sem seguir à risca o roteiro original. Há também a opção de controlar os cavaleiros de ouro, desde que estes tenham sido previamente habilitados no modo Story.

Saint Seiya: Sanctuary Battle conta com um modo para dois jogadores chamado de Tag Challenge. Nele, você e mais um amigo devem derrotar os cavaleiros de ouro e outros inimigos que surgem durante o combate. Neste modo, a dificuldade é um pouco maior que o convencional, deixando a tarefa bem complicada, mesmo com a ajuda do segundo jogador.

Para completar, o game também conta com o Survival Mode, que consiste em sobreviver à onda de ataques de variados inimigos. Apesar de agradáveis, no final das contas esses modos são um pouco mais do mesmo. A ausência do multiplayer online também é sentida no jogo, que tem como única interação via rede um ranking compartilhado.


Alcançando o nível máximo do seu cosmo

A jogabilidade de Saint Seiya: Sanctuary Battle é bem agradável no início, porém, com o passar do tempo, ela começa a incomodar. Isso porque o jogo é um Beat’em up moderno, ou seja, é uma mecânica parecida com jogos como Dynasty Warriors, que consiste em sair batendo em todos a sua frente como se o mundo acabasse amanhã. Mesmo contra os poderosos cavaleiros de ouro essa mesmice persiste: a melhor maneira de derrotá-los sempre será esquivar de seu golpe e contra-atacar.

A diferença aqui é a presença das estrelas do desenho e seus famosos golpes. Não há como descrever a sensação de disparar um Meteoro de Pégasus durante um combate. E o jogo não se limita apenas aos movimentos consagrados: todos os cavaleiros possuem sequências de golpes que resultam em interessantes combos. Para completar, os cavaleiros podem atingir o nível máximo de seu cosmo, o que torna possível liberar um poderoso golpe especial, com direito a uma bela animação.

Já a movimentação dos personagens diverte bastante. A forma com que Seiya e companhia correm pelo cenário é a clássica corridinha que ficou característica na série, principalmente nas famosas escadarias das 12 casas. Durante os combates, eles também mostram-se mais rápidos do que os inimigos comuns.

  
Visual que agrada

Para manter-se fiel ao desenho, a Namco Bandai optou por apresentar gráficos que mesclam desenho e gráficos poligonais. O resultado agrada bastante, principalmente nas cenas de animação, que transformam alguns momentos memoráveis da série em belas cenas de computação gráfica.

Enquanto os personagens principais se destacam visualmente, os inimigos foram tratados com menos cuidado. Isso faz com que haja pouca variedade de oponentes, ou seja, os adversários mais fracos serão sempre os mesmos. Isso contribui para tornar o título repetitivo, o que é o grande ponto fraco do jogo.

Os cenários são bastante simplórios. Porém, não há como reclamar, afinal, mesmo no desenho, as 12 casas são situadas em um vale que não possui muitos detalhes. Por isso, se você se sentir incomodado com o mundo simples ao seu redor, não é com a Namco Bandai que deve reclamar.

  
Conclusão

Finalmente podemos dizer: Cavaleiros do Zodíaco recebeu um game à altura. Com muita fidelidade à trama original do desenho, a Namco Bandai conseguiu colocar em um simples Beat’em up quase tudo que um fã da série sempre desejou, desde atravessar as 12 casas com seu personagem favorito, até controlar o cavaleiro de seu respectivo signo. Porém, se a empresa pensa em lançar sequências baseadas em outros momentos épicos da série, é preciso corrigir pequenos defeitos, como a linearidade e os inimigos repetitivos. Indispensável para os fãs!



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